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Tour pelos Monstros da Universal

Os estúdios da Universal ficaram conhecidos pelo sinônimo de monstros.

Desde “O Corcunda de Notre Dame”, em 1923, a casa se especializou em lançar filmes de horror e fantasia, incluindo nesta lista “O Fantasma da Ópera”, mas foram as criaturas apresentadas depois de 1931 que ficaram conhecidas no imaginário coletivo como “os monstros da Universal”.

Mas alguns desses monstros já existiam bem antes, pegamos os clássicos para vermos de onde vieram.

Drácula

Filmes: Drácula (1931); O Filho de Dracula (1943); Dracula (1979); Van Helsing: O Caçador de Monstros (2004); Drácula: A História Nunca Contada (2014).

Bram Stoker

(1847 – 1912)

Bram Stoker
Bram Stoker

Nascido em Dublin, Irlanda, em 8 de novembro de 1847. Em 1864, Stoker se matriculou na Universidade de Dublin onde recebeu um diploma de matemática. Não muito tempo depois, ele foi contratado como um funcionário do Castelo de Dublin, a casa da realeza britânica na Irlanda no começo do século XIX.

No castelo, Stoker começou a escrever voluntariamente, durante a noite, para um jornal chamado “Dublin Evening Mail”, realizando críticas de produções teatrais.

Castelo de Dublin
Castelo de Dublin

Mais tarde, ele se tornaria um escritor de ficção, e escreveria sua obra-prima “Drácula” em 1897, baseado em Vlad, o Empalador.

Entre as mais famosas adaptações, está a do filme “Drácula” de 1931, com o ator Bela Lugosi, e “Nosferatu”, de 1922, de F.W. Murnau, com Max Schreck.

Frankenstein

Filmes*: Frankenstein (1931); A Noiva de Frankenstein (1935); O Filho de Frankenstein (1939); A Alma de Frankenstein (1942); Frankenstein Encontra o Lobisomem (1943).

A Noiva de Frankenstein

Filmes*: A Noiva de Frankenstein (1935)

Mary Shelley

(1797 – 1851)

Mary Shelley

“Inteligência é saber que Frankenstein não é o monstro. Sabedoria é saber que Frankenstein é o monstro”. Trecho do livro

Passando um feriado em uma casa às margens do lago de Genebra, Mary Shelley, seu marido o poeta Percy Shelley, o escritor Polidori, o poeta Lord Byron e a meia-irmã de Mary, começaram a discutir teorias a respeito do sobrenatural. Dessas discussões surgiu a ideia de uma competição entre eles para ver quem escrevia a melhor história de terror. Shelley escreveu um conto chamado: “Frankenstein, ou o Prometeu moderno”. Mary foi a única a concluir o desafio.  A primeira edição de Frankenstein foi publicada, anonimamente, em 1818, quando Shelly tinha apenas 20 anos. Ela terminou o livro aos 19.

Casa do lago em Genebra

 

Múmia

Filmes*: A Múmia (1932); A Múmia (1999); O Retorno da Múmia (2001); A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (2008); The Mummy (2016)

John L. Balderston 

(1889 – 1954)

John L. Balderston

Baseado em um argumento inicial concebido por Richard Schayer e Nina Wilcox Putnam roteiristas de Frankenstein (1931). John escreveu o roteiro diretamente para o filme da Universal.

Balderston conseguiu o sucesso como dramaturgo em 1926 com a produção londrina de sua peça de teatro Berkeley Square, que ele escreveu com Jack Squire, o editor de The London Mercury. Em 1927, ele foi mantido por Horace Liveright para revisar a adaptação do estágio de Hamilton Deane para Dracula para sua produção americana. Isso posteriormente formou a base da versão do filme de 1931, levando Balderston a uma carreira de roteirista, inicialmente para filmes de terror da Universal Pictures: além de Dracula, ele contribuiu para Frankenstein, Bride of Frankenstein, The Mummy e Dracula’s Daughter.

A Múmia de 1932

 

Homem Invisível

Filmes*: O Homem Invisível (1933)

H.G.Wells

(1866 – 1946)

H.G.Wells

Em Bromley, na Inglaterra Wells foi o filho de um pequeno comerciante de panos. Antes de ingressar na Escola Normal de Ciências em Londres, onde conheceu Thomas H. Huxley de quem ficaria bastante amigo, Wells trabalhou como professor-assistente. Após se formar chegou a trabalhar como professor de biologia até se tornar jornalista e escritor profissional.

Em 1895 Wells se tornou uma sensação da literatura com o “The Time Mchine”. O livro é sobre viagem no tempo. Já em O Homem Invisivel, Wells explora a vida de um cientista que sofre uma transformação depois de se tornar invisível.

Escola Normal de Ciências em Londres

Wells “previu” tantas descobertas em suas obras que alguns de seus leitores chegaram a acreditar até que o mundo seria como Wells o descreve em suas novelas, artigos e livros de ficção.

Lobisomem

Filmes*: O Lobisomem (1941); Frankenstein Encontra o Lobisomem (1943); Um Lobisomem Americano em Londres (1981); O Lobisomem (2010).

Curt Siodmak

(1902 – 2000)

Curt Siodmak

Siodmak nasceu Kurt Siodmak em Dresden, Alemanha. É romancista, roteirista e diretor de cinema que escreveu o filme de 1941 “The Wolf Man”, que deu forma ao antigo mito de um homem transformando em um lobo.

Estrelado por Lon Chaney Jr., Siodmak criou várias lendas de lobisomens existentes até os dias de hoje, como a de que eles seriam marcados por um pentagrama, que eles seriam praticamente imortais, além de ser atingido por balas de prata.

 

O Lobisomem de 1941

“Eu sou o homem lobo”, ele disse em uma entrevista para a revista do Writers Guild of America. “Eu fui forçado a um destino que eu não queria: ser judeu na Alemanha. Eu não teria escolhido isso como meu destino. A suástica mostra a lua. Quando a lua aparece, o homem não quer assassinar, mas ele sabe que não pode escapar, o destino do Homem do Lobo.”.

Monstro da Lagoa Negra

Filmes*: O monstro da Lagoa negra (1954); A Revanche do Monstro (1955); À Caça do Monstro (1956).

Maurice Zimm

(1909 – 2005)

Nascido em Iowa, EUA, Maurice era um escritor americano de rádio, televisão e cinema, cuja criação mais famosa é  a Criatura da Lagoa Negra. Zimring mudou-se para Los Angeles na década de 1930 e escreveu diversas séries de rádio de mistério e drama como Hollywood Star Playhouse e Murder By Experts sob o prefácio de Maurice Zimm .

O próximo projeto de Zimring foi desenvolver o enredo para Criatura da Lagoa Negra para o produtor William Alland. Alland estava desenvolvendo uma idéia sobre uma criatura de meio homem / meio peixe, depois de ter sido informado de uma criatura tão lendária pelo cineasta mexicano Gabriel Figureoa, em um jantar na casa de Orson Welles. Zimm produziu um tratamento de história de 59 páginas, que foi desenvolvido em um roteiro de Harry Essex e Arthur A. Rose.

A Universal anunciou a criação de todo um universo cinematográfico baseado em seus principais monstros. A nova franquia, batizada de Dark Universe, estreou nos cinemas no dia 8 de junho de 2017, com A Múmia, protagonizado por Tom Cruise.