Buffy, a Caça-Vampiros, do original Buffy, the Vampire Slayer, é uma série de TV com sete temporadas, exibida de 1997 a 2003. Estrelada por Sarah Michelle Gellar, a série se tornou uma das maiores influências do terror/comédia sobrenatural do século XXI e inspirou diversas outras obras como Lost, Supernatural, The Vampire Diaries etc.
A história da série segue Buffy, uma jovem escolhida para se tornar a Caça Vampiros, uma entidade dotada de super força e habilidades de luta para salvar o mundo de vampiros e outros tipos de demônios. A protagonista contava com seus amigos Xander (Nicholas Brendon) e Willow (Alyson Hannigan), além do seu Guardião, Giles (Anthony Stewart Head).
A seguir, vou elencar os meus dez episódios preferidos da série, então, a lista vai conter SPOILERS. Continue por sua conta e risco:
10º: “Normal de Novo” (06×17)
Após ser atingida por um demônio, Buffy passa a cogitar o fato de que tudo o que ela acredita ser de verdade são alucinações.
Apesar da sexta temporada ter os piores vilões da história da TV, existem alguns episódios muito marcantes. Esse, em específico, me toca muito pelo tom de escapismo que toma conta da Buffy. Ela, a Escolhida, precisa tomar uma decisão muito grave, entre abraçar o seu mundo imperfeito e real ou mergulhar na ilusão de uma vida quase perfeita – onde ela não precisa lidar com as perdas que a machucam.
Todo o tema desse episódio casa muito bem com o tema da temporada que é a protagonista lidando com a depressão. Ao deixar aquela realidade perfeita de lado, Buffy se posiciona para si mesma como alguém que vai lutar para conseguir se reerguer. Um episódio que usa o sobrenatural para abordar um tema extremamente mundano.
9º: “A Garota da Profecia” (01×12)
Marcada por uma trágica profecia descoberta por Giles, Buffy vai à luta contra o grande vilão – ou Big Bad – da temporada.
Embora O Mestre seja um vilão que poderia entregar mais do que foi apresentado, todo o episódio com as caras e bocas maquiavélicas do personagem são muito legais. Além disso, é a primeira vez que a Buffy, a Caça Vampiros corre um perigo real e precisa lidar com alguém tão poderoso quanto ela. E, obvio, essa é a primeira vez que ela morre durante toda a sua trajetória.
Com momentos marcantes e um fan service no ponto, a finalização da primeira temporada eleva o nível da série e traz consequências importantes para o futuro do grupo.
8º: “Conversando com Gente Morta” (07×07)
Dawn (Michelle Trachtenberg), sozinha em casa, enfrenta um possível demônio. Willow recebe a visita de uma conhecida que morreu há pouco tempo trazendo notícias de alguém amado. Buffy faz uma sessão de terapia enquanto luta com um vampiro “recém-nascido” que estudou com ela no ensino médio.
Pulando para a última temporada, esse episódio resgata a grande capacidade da série de criar histórias diferentes e muito competentes que, no fim, convergem entre si. O episódio tem três núcleos que misturam terror e uma comédia tão marcante e competente que remete muito às primeiras temporadas, além de dar um gostinho do Big Bad da temporada.
7º: “Quem Canta, Seus Males Atrai” (06×07)
Do mais aparente nada, todos os cidadãos de Sunnydale começam a cantar e dançar. Até entrarem em combustão espontânea.
Sim, ele chegou. Aquele que é o mais temido. O famigerado episódio musical de Buffy. Esse episódio pra mim tem alguns dos melhores momentos da série, que são: Anya (Emma Caulfield) cantando sobre coelhos, a sequência de abertura – inclusive os créditos iniciais – e o momento entre Tara (Amber Benson) e Willow, que aborda o relacionamento delas em uma sequência muito bonita.
Apesar de o episódio usar as sequências musicais de modo cômico, elas ajudam na fluidez da narrativa. Todo o drama entre Xander e Anya, a percepção de Giles sobre o grupo e a descoberta do que Willow fez a Tara são resolvidas com uma música ao invés de episódios de drama descabido – exceto por Xander e Anya, mas aí é outra história. Enfim… “Quem Canta, Seus Males Atrai” é definitivamente um dos melhores episódios musicais de séries e dá um up na temporada que estava bem morna até então.
6º: “A Terra dos Clones” (03×16)
Consequência do pedido de Cordelia (Charisma Carpenter) no episódio “O Desejo”. Anya pede ajuda a Willow para recuperar o seu colar abrindo uma fenda temporal, mas o feitiço dá errado e acaba resgatando uma vampira poderosa e conhecida.
Em um dos mais divertidos episódios da série, temos um gostinho de como seria uma Willow do mal quando uma versão vampiresca da bruxinha aparece para perturbar Sunnydale. A cena em que a “gangue do Scooby” e o Angel (David Boreanaz) acham que a Willow foi transformada e a sequência em que a Willow finge ser a “Willow Vampira” no “The Bronze” são maravilhosas, além de ser mais um dos melhores momentos da carreira de Alyson Hannigan .
5º: “Metamorfose – Parte II” (02×22)
Para poder salvar o mundo de um poderoso demônio, Buffy precisa realizar um sacrifício.
Toda essa leva de episódios em que o Angel está sem alma é extremamente dolorosa, tanto pela questão das maldades que o vampiro provoca quanto pela reflexão sobre o relacionamento abusivo entre os dois – questão bastante explorada ao decorrer da série.
Entre os melhores momentos estão Willow finalmente conseguindo finalizar o feitiço, as últimas palavras de Angel antes de partir dessa pra uma pior e um dos primeiros momentos de bate papo entre Joyce (Kristine Sutherland) e Spike (James Marsters). Esse fim de temporada, mais uma vez, leva a série para um lado mais maduro que vai impactar diretamente as próximas temporadas.
4º: “O Dia da Graduação – Parte 2” (03×22)
Buffy lida com as consequências de seus atos e busca um jeito de salvar Angel. Enquanto isso, o resto da “gangue do Scooby” precisam trabalhar juntos para impedir o Prefeito de pôr seu plano em prática.
Esse é o fim apoteótico de uma temporada maravilhosa e conta com uma das maiores cenas de luta da série. Todo o drama está no ponto certo, além do nível de gravidade das situações que realmente te deixam tenso. Esse é o último episódio em que Angel aparece como personagem recorrente da série (antes da estreia da série solo estrelada por David Boreanaz) e também é o último episódio da – rainha sofredora – Cordelia em Buffy.
3º: “Silêncio” (04×10)
Sunnydale é mais uma vez ameaçada quando um grupo conhecido como “Os Cavalheiros” começa a roubar a voz e os corações dos moradores.
Esse é de longe o melhor episódio da quarta temporada – bem fraca, por sinal – e com certeza merece estar entre os melhores da série. Com cerca de 25 minutos sem diálogos, “Silêncio” apresenta uma mitologia incrível, além de um dos melhores visuais de monstros de toda a série. Esse também é o primeiro episódio em que Tara aparece.
2º: “A Vingança”, “Um Já Foi, Só Faltam Dois”, “O Dia do Juízo Final” (06×20, 06×21, 06×22)
Os três episódios finais da sexta temporada da Caça Vampiros se desenrolam quando Tara é morta por Warren (Adam Busch). Willow perde o controle da sua magia e parte em busca de vingança, deixando de lado qualquer resquício de humanidade.
Vou usar a desculpa de que os três episódios se passam em pouco menos de 36h e usar os três juntos. Até porque é bem difícil de separá-los, devido a qualidade da narrativa e das atuações. Essa foi uma temporada complicada pois, ao tornar a série mais sombria – trazendo questões muito importantes – possui um trio de antagonistas chatos e desinteressantes. Porém, essa reta final, em que Willow se torna o big bad por três episódios, é incrível.
A sexta temporada foi a primeira sem Anthony Stewart Head no elenco principal. E devido a isso, outros personagens ganham mais destaque, como Willow, que se torna uma co-protagonista com Buffy. A série então aborda o vício em magia das trevas – alusão à dependência química – para eclodir nesse final em que a “Dark Willow” toma conta. Mais uma vez, Alyson Hannigan toma a série pra si e dá um show.
1º: “Este Corpo” (05×16)
Buffy e Dawn sofrem com uma perda.
Não tem como “Este Corpo” não ser o melhor episódio de Buffy. A Caçadora luta contra vampiros, demônios, entidades milenares e no final sua maior perda vem de algo mundano. Uma doença. Algo que ela não poderia bater para se livrar. Joyce – mãe da protagonista – enfrentou um tumor, uma cirurgia e um pós-operatório intenso para, no final, simplesmente falecer por um coágulo, sozinha. Nenhum dos Big Bad da série machucaram Buffy tanto quanto uma morte natural.
O episódio é despido de trilha sonora – a não ser pela abertura – e conta com diversos closes muito fechados ao rosto dos personagens, além de planos longos de monólogos para ressaltar a estranheza, desconforto e a dor presentes no momento. Enquanto assimila a perda e lida com a dor, Buffy vai imaginando cenários alternativos em que tudo está bem, o que machuca muito mais a nós e a ela. Esse é um dos episódios mais intensos de série que eu já assisti e dá uma vontadinha de chorar só de lembrar.
Mas então, esse foi o meu Top 10 de episódios de Buffy, a Caça Vampiros. Responde pra gente quais são os seus episódios favoritos da série.