O Cérebro
(The Brain)
Data de Lançamento: 04/11/1988
Direção: Edward Hunt
Um alienígena em forma de cérebro, um programa televisivo de auditório e um cientista falcatrua, esses são os três elementos que transformam O Cérebro (1988) em um filme atraente e bizarro. O diretor Ed Hunt possui um currículo interessante. A Praga (1979) mostra o que aconteceria com a humanidade se uma bactéria mortal fosse solta, Aniversário Sangrento (1981) tem misteriosas crianças assassinas e Mr. One – O Selvagem de Nova York (1986) apresenta um et que vem para a Terra lutar contra o mal – além de ter um excelente título.
O longa já começa nos dando um breve relance do vilão:
O cérebro gigante está nos bastidores do programa Pensamento Independente, apresentado pelo Dr. Anthony Blakely (David Gale). O apresentador se mostra preocupado com a recente onda de violência jovem e os elevados índices de suicídio. Uma mãe assiste ao programa preocupada enquanto sua filha, no andar de cima, tem terríveis alucinações. Ela acaba matando a mãe com uma tesoura. O que está acontecendo nessa cidade?
Em seguida conhecemos Jim, um adolescente inteligente, mas encrenqueiro. Ele sabota os canos da escola e está a ponto de ser expulso, quando o diretor lhe oferece uma outra opção. O Instituto de Pesquisas Psicológicas do Dr. Blakely oferece um tratamento especial para jovens problemáticos. Seus pais decidem pelo tratamento, a fim de salvar sua vida escolar.
Assim que chega na clínica, Jim é conectado ao cérebro, sem ter ideia disso. A ideia é transmitir pensamentos, mas de alguma forma, o adolescente os rejeita. Ele começa a ter alucinações enquanto o alien na sala ao lado se contorce. A mente do jovem rejeitou a transmissão de ondas cerebrais.
Jim sai do instituto contrariado. A criatura, por sua vez, sofre uma pequena trasnformação:
Certa de que o cérebro tem relação com o alto índice de suicídio em jovens, a Dr. Vivian se recusa a continuar com os trabalhos. Ela ameaça contar todos os segredos escondidos por Blakely. É quando o cérebro decide atacá-la:
As alucinações de Jim se agravam. Ele se envolve em um acidente de carro e vai para a lanchonete onde a namorada, Janet, trabalha. Lá, mais alucinações o assombram e ele tem um verdadeiro ataque. Um policial ajuda a conter o garoto e nisso chega um carro do instituto, querendo levar Jim de volta, para que ele conclua o seu tratamento.
Só nesse pouco tempo em que Jim se envolveu no acidente, o bicho se transformou completamente:
Seus amigos invadem o local para salvá-lo, mas o cérebro não gosta muito disso não:
O plano de Blakely é entrar em rede nacional e controlar os cérebros dos habitantes dos EUA. Enquanto coloca isso em prática, Jim e sua namorada se tornam fugitivos da polícia. O que se instaura na cidade é um cenário de caos e assassinatos. O cérebro tem um desejo incontrolável por sangue e segue influenciando pessoas a matarem umas as outras.
Após passarem uma noite na escola, sua namorada acaba assistindo ao show Pensamento Independente e sofre uma lavagem cerebral. Ela passa a chamar Jim de assassino e não quer mais ficar com ele. O rapaz tem que fugir da polícia e de todos os habitantes da cidade ao mesmo tempo. Seu plano é o que pode lhe causar a maior exposição: ir no lançamento em rede nacional do programa. Na batalha final, Jim e Janet lutam contra o cérebro. A conclusão tem um toque de Tubarão (1975) e eles conseguem impedir os planos alienígenas de dominação nacional.
O Cérebro (1988) tem uma história cativante e um monstro horrendo. Ele tem aquele clima meio sessão da tarde, sabe divertir. O roteiro é bem simples, não recebemos grandes explicações sobre o cérebro ou o doutor, fica tudo bem pouco explicado, mas não chega a ser confuso. Esse merecia uma continuação.
