hideous

Trasheira de Qualidade – Hideous! Criaturas do Mal

Hideous! Criaturas do Mal
(Hideous!)
Data de Lançamento: 26/08/1997
Direção: Charles Band

Mais um filme do mestre Charles Band e sua peculiar Full Moon Features. Dessa vez, tentando reanimar o sucesso de filmes como Ghoulies (1985) e O Mestre Dos Brinquedos (1989), pequenas criaturas nos são apresentadas, porém sem o mesmo brilho desses outros dois títulos.

O filme também é conhecido pelo título “Deformed Freaks” 

O roteiro é de Neal Marshall Stevens, sob o pseudônimo de Benjamin Carr, que também escreveu O Cabeça da Família (1996), 13 Fantasmas (2001) e Hellraiser 7: O Retorno dos Mortos (2005). Mais  recentemente ele retomou a parceria com Band em Puppet Master: Axis Termination (2017)

A história começa mostrando três homens que trabalham na usina de tratamento de esgoto e resgatam coisas perdidas. Quando encontram algum animal estranho, ou feto descartado, eles o enviam para a srta Belinda Yost, que os revende para colecionadores de bizarrices. O último achado foi um feto bicéfalo.

Martin, o cara que trabalha no esgoto, liga empolgado para Yost, dizendo que achou um E.T. O que realmente é a criatura? Não sabemos. Mas ela vira alvo das ambições de dois homens, Napoleon Lazar, interpretado por Mel Johnson Jr. (O Vingador do Futuro, 1990) e doutor Lorca (Michael Citriniti), personagem que também aparece em Demonic Toys 2 (2010).

Dr Lorca
Napoleon Lazar

Enquanto Lazar e Yost firmam um acordo para o fornecimento de espécimes curiosas pelos próximos 10 anos, Lorca planeja o roubo do feto bicéfalo. Ela consegue roubá-lo em condições bastante… estranhas. A ladra é sua assistente Sheila (Jacqueline Lovell – O Cabeça da Família, 1996). Ela é uma personagem hipersexualizada que está a toda hora com um colete aberto. Infelizmente seu papel do filme se restringe a isso, o que baixa a qualidade do roteiro.

Dr. Lorca consegue o espécime e o coloca em um pode de vidro, junto de suas outras criaturas bizarras:

Ele só não contava com o fato de o novo item de sua coleção estava vivo! Ele consegue abrir a tampa de seu pode e dar vida às outras três criaturas. Eles fogem pelo laboratório e se escondem. Enquanto a fuga está acontecendo, chegam no castelo Yost, sua secretária, o detetive Kantor e Lazar. Eles tentam convencer Lorca a devolver o espécime roubado, porém quando o doutor vai lhes mostrar sua coleção, já não há mais nenhum item na prateleira.

Pausa para admirar essa cena de ira do dr Lorca

Irado e se achando vitima de um golpe, Lorca tranca a todos em seu castelo – sim, ele vive em um castelo com iluminação por tochas, o que dá um clima sombrio. Com ajuda dos monstrinhos o grupo capturado consegue escapar, mas suas ambições os colocam em confronto direto com as criaturas. Não é difícil descobrir quem vai se dar mal nesse embate.

Os monstros aparecem sempre em planos muito fechados e com pouca iluminação. Sua movimentação é mais restrita se comparada, por exemplo, aos bonecos de O Mestre Dos Brinquedos (1989).

Apesar de terem pouquíssimo tempo de tela, eles ainda conseguem matar aqueles que querem capturá-los:

Por fim, Sheila é quem consegue salvar o dia – os outros todos são muito burros para isso. Ela engana os monstrinhos, os fazendo se aproximar do poço de ácido. Ah sim, eu esqueci de falar, no castelo tem um FOSSO COM ÁCIDO para destruir coisas e pessoas.

Nada poderia dar mais errado. As criaturas antecipara o plano e já haviam colocado uma escada de corda para subir o poço. Ok, essa parte eu não entendi, mas tinha uma pequena escada de corda no poço que dá para uma piscina de ácido – eu acho que foram eles que colocaram. Sheila sai com o detetive e pensa em se tornar uma também. Estranhos barulhos vindo do porta-malas, porém, não nos deixam acreditar que o futuro da dupla será muito longo.

Apesar das criaturas com ótimo visual, Hideous! Criaturas do Mal (1997) é um filme fraco dentro da carreira de Charles Band. A comédia parece fora de sincronia, os pequenos monstros não ganham a tela e mesmo as cenas mais excêntricas, como a luta de espadas entre Lorca e Lazar não possuem aquele brilho especial. Apesar disso, é uma produção interessante de se conhecer, mesmo que cheia de defeitos.

Essa logo é sinônimo de qualidade