O Retorno dos Tomates Assassinos
(Return of the Killer Tomatoes!)
Data de Lançamento: 31/10/1988
Direção: John de Bello
O primeiro Trasheira de Qualidade foi sobre o clássico O Ataque dos Tomates Assassinos (1978). Dessa vez retomamos à franquia para falar de O Retorno dos Tomates Assassinos (1988), também dirigido por John de Bello. É um dos primeiros longas do astro George Clooney – é sério – que encarna Matt Stevens, um pizzaiolo conquistador.
Passaram-se 10 anos desde os acontecimentos do primeiro filme, que ficaram conhecidos como A Grande Guerra do Tomate. Nosso herói, o tenente Finletter, é agora dono de uma pizzaria muito peculiar na qual trabalham seu sobrinho Chad e o amigo Matt. Os tomates foram proibidos pelo governo, dessa forma, suas pizzas levam manteiga de amendoim, anchovas e jujubas. Tudo isso na mesma pizza.
Proibidos, os tomates viram objeto de tráfico:
Nesta sequência conhecemos dois personagens que serão importantes ao longo da franquia: o professor Gangreen, um cientista maluco que é o verdadeiro responsável pela criação dos tomates assassinos, e seu assistente Igor, que sonha em ser âncora de telejornal.
O Retorno dos Tomates Assassinos recorre a uma ~ferramenta~ muito utilizada em produções de baixo orçamento: o uso de cenas do filme anterior. O flashback é bastante longo e desnecessário, mas tudo bem, o primeiro filme já tinha 10 anos. Ao menos, esse momento serve para reforçar que a população, de uma forma geral, não confia mais nos tomates.
No laboratório secreto de Gangreen, tomates são cultivados livremente e transformados em fortes soldados no melhor estilo Rambo:
Seus tomates-humanos, porém, não recebem o melhor dos tratamentos. Para o professor maluco, “emoções são para pessoas, não para vegetais”. Enquanto isso, Matt arma um concurso falso para conseguir o telefone de várias garotas.
Um dos experimentos de Gangreen dá errado. No lugar de um tomate do mal, pronto para esmagar pessoas, surge T.P., o tomate peludo com perninhas.
Chad faz as entregas da pizzaria do tio. É assim que ele conhece Tara, a bela amante do professor. Assim que ela fica sabendo que o Tomate Peludo seria descartado, ela o resgata e foge justamente para a pizzaria, buscando refúgio com atrapalhado entregador.
Chad começa a perceber que Tara não é muito normal quando a leva para sua casa. Matt tenta relevar as desconfianças de seu amigo. Quando mostrada a banheira cheira de fertilizante, o galã apenas responde que “ela é um pouco orgânica”. A moça, de forma suspeita, tenta convencer seu novo namorado de que tomates não são naturalmente maus. Ele, porém, acredita que “tomate bom, é tomate amassado”. Mas é claro que tudo vai mudar, pois… TARA É UMA TOMATE!!!
O filme ainda proporciona uma interessante quebra da 4ª parede, faz uma crítica humorada às propagandas excessivas no cinema e na TV:
E ainda inclui uma cena de luta entre cowboys e ninjas:
Descobrimos que Sam Smith, o especialista em disfarces do último filme, está vivo e trabalhando no FVI, responsável pela investigação federal de vegetais – aparentemente esqueceram que tomate é fruta. Em meio a tanta confusão Chad descobre a real natureza de sua namorada. Ela foge e é sequestrado por Igor. O jovem, porém, acredita que Tara voltou a sua forma de tomate.
Matt e Chad, invadindo o laboratório secreto do professor, tentam fazer com que o tomate Tara volta à forma humana, porém falham. Por sorte, Tara estava viva e humana, mas por azar, estava presa no calabouço. Fica ao encargo de T.P. pedir ajuda a Finletter. O paraquedista, depois de superar seu preconceito com tomates reúne a sua antiga equipe.
O clímax do filme se dá na prisão, onde os vilões da sequência tentam resgatar o vilão do primeiro filme, mas falham horrivelmente. Tara, após uma tentativa de assassinato com gás mortal, se torna 100% humana – ou será que não?
A última cena nos alerta para um possível perigo iminente:
O Retorno dos Tomates Assassinos (1988) é uma ótima comédia que abandona o caráter paródico do primeiro filme e encontra um tom próprio, mantendo a sua sátira à indústria cultura, mas apresentando novos personagens e criando sua própria mitologia.