zombienightmare2

Trasheira de Qualidade – Zombie Nighmare

Zombie Nighmare
Data de Lançamento: 13/10/1987
Direção: Jack Bravman

Zombie Nighmare é uma pérola de 1987 com direção do desconhecido Jack Bravman. O filme foi lançado diretamente em VHS. Ele tentou pegar carona na onda dos filmes de zumbi, como Dia dos Mortos (1985) de George A. Romero e nos slashers de vingança, como Slaughter High (1986), que estavam fazendo muito sucesso na época.

O grande atrativo do filme é a presença dele, o melhor Batman de todos os tempos, Adam West (1928-2017):

Rolling Stone · Adam West, o “Batman da TV”, morre aos 88 anos
MELHOR BATMAN DE TODOS OS TEMPOS

O filme inicia com um estranho ritual em que um morto é trazido de volta à vida:

Em seguida somos surpreendidos com a execução de Ace of Spades, da banda Motörhead durante os créditos iniciais. A trilha sonora é inteiramente composta por bandas de heavy metalhard rock.

 

 

 

 

 

 

 

Um pacato jogo de baseball acontece. Várias famílias felizes o assistem. Quando terminam, a família do menino Tony decide voltar para casa à pé. Porém, eles se deparam com dois homens que estão atacando Molly. O pai de Tony decide intervir. Ele conhece ótimos movimentos de luta:

Apesar de tamanha habilidade, ele é atingido por uma facada e morre na frente da esposa e do filho. Os dois agressores fogem impunes. Porém nada disso mais importa, porque o filme dá um salto temporal brusco e Tony já é um homem adulto que ama jogar baseball.

MAMILOS

Tony tem um bom coração. Ele é um rapaz feliz e que ajuda sua mãe. Enquanto está no mercadinho do bairro fazendo compras, assaltantes armados entram e pedem o dinheiro do caixa. Assim como seu pai, ele decide lutar bravamente e desarma os dois bandidos. Essa luta também é maravilhosamente coreografada.

Nosso herói está orgulhoso. Porém foi só sair na rua para a desgraça acontecer: ele é atropelado pelo grupo de delinquentes local, do qual faz parte Amy, Tia Carrere (Quanto Mais Idiota Melhor, 1992) em seu primeiro papel no cinema.

A mãe de Tony decide chamar Molly para ajudar. Acontece que ela é uma sacerdotisa vudu. Aqui cabe uma crítica. Molly é uma péssima personagem. A atriz entrega um sotaque muito ruim e estereotipado. A produção tenta resgatar a referência dos filmes de zumbi dos anos 1930, que de maneira extremamente racista, apresentavam o vudu como algo intrinsecamente mal.

Tony volta como um zumbi – aquela cena inicial se repete – para se vingar daqueles que o mataram. É praticamente um slasher com zumbi. É claro que aqui cabem algumas perguntas. Como ele sabia quem eram as pessoas que o haviam matado se ninguém havia visto o carro? Como poderiam saber onde estavam? Bem… é um filme com pouca lógica, dá para ignorar essas perguntas com facilidade.

Tony vai primeiro em um clube que também é um academia, parecido com o Spa Diabólico. Lá está um casal envolvido no acidente que o matou. Ele mata sua primeira vítima sem dó:

Sua namorada sai correndo… bem… correndo não é bem a palavra…

Sim, ele tem um taco de baseball
Correndo para longe do perigo

O caso foi tratado pela polícia como suicídio duplo ligado à overdose de drogas. Suicídio duplo? Que isso? Overdose de drogas? Quem escreveu a história para a imprensa foi o capitão Tom Churchman… Um momento glorioso… Bendita seja a câmera que captou essa imagem. Ele, O BATMAN DE BIGODE:

O Cavaleiro das Trevas contra o zumbi ‘baseballeiro’

Indignado com a falsa versão dada à imprensa, o detetive Frank Sorrel questiona: “E quanto ao direito do público de saber?”, ao passo que o Batman bigodudo responde: “Eu prefiro o direito do público de viver”. O capitão prefere a investigação sigilosa, para que não se crie pânico social.

Tony segue seu rastro de matança:

Sim, ele foi empalado por um taco de baseball

Molly sente cada um dos golpes sofridos pelos adolescentes assassinados. Mas mesmo assim ela mantém a magia que permitirá a conclusão da vingança. Com três dos adolescentes mortos, resta só mais um casal, que decide fugir, pois já imagina que o homem atropelado voltou para se vingar.

Os policiais prendem James Earl, um cara já condenado por assalto. O Capitão Batman acredita que ele é o culpado. Ele causa confusão na delegacia, nos entregando mais uma luta super bem coreografada:

 

Frank, porém, não se convence de que o recém detido seja o culpado. Ele procura pistas nas fotos das cenas do crime e encontra algo suspeito. Uma mulher estava presente em todos os locais em que as mortes ocorreram. Quando o policial Frank vai mostrar as fotos em que Molly aparece na cena do crime, o capitão decide fazer justiça com as próprias mãos.

Um belo trabalho de luz e sombra

Enquanto isso, Tony massacra os últimos dois jovens:

perfeição de cena

Molly está do lado de fora da oficina onde o casal acabou de ser assassinado. O capitão chega e a captura. Ele consegue dar um tiro nela, mas é capturado por um outro zumbi que apareceu do nada:

No fim ele é arrastado para as profundezas do inferno, ou pelo menos da tumba de onde o zumbi aleatório saiu. Zombie Nighmare é ruim que às vezes dói, mas é divertido ver o Tony zumbi, cuja maquiagem muda a cada morte, estraçalhando os adolescentes irritantes. A trilha sonora é realmente muito boa e dá um tom legal à produção.