O Biscoito Assassino
(The Gingerdead Man)
Data de Lançamento: 8 de novembro de 2005
Direção: Charles Band
Mais uma vez Charles Band se faz presente no Trasheira de Qualidade. Mentre por trás de vários clássicos do cinema trash, na década de 2000 ele resolveu inovar. Não mais apresentaria monstros como em O Cabeça da Família (1996), ou pequenas criaturas assassinas como na série de filmes Puppet Master ou em Hideous! Criaturas do Mal (1997). O renomado diretor decidiu investir em vilões mais… inusitados. Já falamos aqui do absurdo Evil Bong (2006), hoje é dia de O Biscoito Assassino.
O filme começa com um assalto a uma lanchonete onde o pai e o irmão de Sarah são assassinados. Graças ao seu testemunho, Millard Findlemeyer (Gary Busey, Bala de Prata [1985]) foi levado à cadeira elétrica. Anos depois, ela trabalha em uma padaria que recebe uma misteriosa encomenda.
Durante o desempacotamento, seu colega de trabalho acaba se cortando e um pouco de sangue cai no tempero recém-recebido:
Acontece que junto ao tempero havia as cinzas do assassino e, como já devem imaginar, o pós misturado ao sangue é adicionado a uma mistura para biscoitos. Enquanto o mal está assando, Sarah tem que lidar com Jimmy, dono de uma lanchonete que irá abrir em frente à padaria.
Ela decide cozinhar um biscoitão enorme:
A filha de Jimmy, Lorna, invade a padaria para colocar um rato lá dentro. Aparentemente, seu plano é fazer com que a vigilância sanitária feche o lugar, liberando a clientela para a lanchonete de seu pai. Porém, Sarah a vê e as duas começam a lutar. No meio do embate, elas atingem o quadro de luz e, por algum motivo, isso gera um raio no melhor estilo Frankenstein:
O biscoito ganha vida de forma triunfal. O namorado de Lorna, Amos, aparece assustado com o barulho. Ele ajuda Sarah a abrir o forno e…
O terrível biscoito começa sua contagem de corpos. Para isso utiliza uma faca, um freezer e até mesmo um carro. Sim, um carro. Ele dirige um carro. Um biscoito dirigindo um carro.
Sarah, Lorna e Amos tem que lutar pelas suas vidas. O biscoito inclusive tenta arrumar briga com o rato que Lorna havia levado. Infelizmente há muitas cenas enroladas que tentam trazer um drama e explorar o triângulo amoroso entre os jovens, mas elas são bastante forçadas. Além disso, o que queremos ver no filme é o biscoito matando geral.
Após receber um corte no rosto, Lorna fica desesperada e decide sair da padaria. Ela só não contava que o biscoito havia dado uma de John Rambo e montado armadilhas pelo estabelecimento. Seu objetivo é se vingar de Sarah. O assassino se mantém sempre à espreita:
No fim, Brick, o outro funcionário da padaria volta de sua noite assistindo luta-livre e decide lutar contra o biscoito, que agora porta um revólver e sai atirando em todos. A morte do assassino vem de uma forma bastante peculiar. Digamos que ele morre da forma que mais dá medo ao Homem-Biscoito de Shrek (2001). Mas será que ele morreu mesmo?
Não estragarei a surpresa do final. Os acontecimentos representam bem a criatividade de Charles Band. Infelizmente terminamos o filme com aquele gosto amargo de biscoito queimado, pois o assassino inusitado poderia ter sido melhor aproveitado. As cenas de drama amoroso são desnecessárias e há só duas mortes (talvez três se ele matou o rato). Dito isso, vale a pena assistir? Com certeza!
- O Biscoito Assassino (2005) ganhou duas sequências, O Biscoito Assassino 2 [Gingerdead Man 2: Passion of the Crust] (2008) e O Biscoito Assassino 3 [Gingerdead Man 3: Saturday Night Cleaver] (2011). Há ainda uma crossover com o Evil Bong, Biscoito Assassino Vs. Evil Bong (2013) e uma série em quadrinhos The Gingerdead Man: Baking Bad com um trocadilho excelente.
