Crítica | Escape Room 2: Tensão Máxima

Escape Room 2: Tensão Máxima
(Escape Room: Tournament of Champions)
Data de Lançamento: 16/09/2021
Direção: Adam Robitel
Distribuição: Sony Pictures Brasil

         Expandindo a mitologia criada no primeiro filme e adicionando novos jogadores aos dois finalistas do filme anterior, “Escape Room 2” brinca, mas exige uma suspensão de descrença ligada ao máximo.
       Vale ressaltar que a critica se refere a versão lançada em VOD (video on demand) que conta com 25 minutos adicionais da versão para cinema, com a trama envolvendo novos personagens e um desfecho alternativo.
        
Continuação do filme de 2019, “Tournament of Champions” – que a tradução brasileira decidiu chamar de “Tensão Máxima” ao invés do mais direto “Torneio dos Campeões” – traz de volta Zoey e Ben, os sobreviventes do “The Lone Survivors” que agora buscam desmascarar a maléfica organização por trás do jogo. Contudo, eles acabam sendo vítimas da Minos em mais um jogo doentio.
         Apesar de ser um filme bom, é difícil ignorar todas as acrobacias que o roteiro realiza para poder levar sua história do ponto A ao ponto B. Já conhecemos a trama de “Escape Room” e sabemos o quão absurda ela é, com salas impossíveis de serem construídas e a contagem de morte que aparentemente segue um cronograma pré determinado, mas no segundo filme isso fica ainda mais palpável e menos palatável.
        
Por trás da trama principal, de sobrevivência, existe uma subtrama envolvendo Henry, um dos responsáveis pelos jogos e desenvolvimento das salas, e sua filha Claire (a atriz Isabelle Fuhrman de A Órfã), que é a verdadeira desenvolvedora das armadilhas mortais. A subtrama de Claire é responsável por todas as maiores conveniências de roteiro aqui, sejam elas falsas mortes ou mensagens secretas por trás de mensagens secretas que seriam impossíveis de serem decifradas.
         Conveniências à parte, o Torneio dos Campeões é muito divertido. Como o título indica, o jogo tem como participantes vencedores de edições anteriores do ‘Escape Room’ da Minos e apresenta alguns novos personagens interessantes e peculiares, igualmente traumatizados pela experiência que compartilham. Indya Moore (Pose) e Holland Roden (Teen Wolf, Sem Saída) são duas das adições mais legais ao elenco.

Reprodução: Sony Pictures.

         As salas aqui são mais mirabolantes, brincam com a tecnologia e a crueldade presente desde o primeiro filme, porém agora, ainda mais elaboradas e impossíveis. Com uma fotografia incrivelmente competente, o filme realmente explora muito bem cada ambiente, brincando com sua iluminação e ambientação de uma forma muito bonita.
Como uma continuação e que mira numa possível trilogia, o filme passa a ter mais cuidado com seus protagonistas, perdendo o tom de urgência experienciado no primeiro, o que atrapalha um pouco as expectativas, principalmente nos momentos finais do longa. É difícil ficar apreensivo por alguém que já imaginamos não correr perigo de verdade.
         Apresentando armadilhas ainda mais mortais e uma mitologia mais ampla, “Escape Room 2: Tensão Máxima” é um filme pipoca, bem produzido, e que apesar de seus muitos problemas de roteiro, serve ao seu propósito principal que é: divertir.