Crítica | Você Pode Ser O Assassino (2018)

Você Pode Ser O Assassino
(You Might Be The Killer)
Data de Lançamento: 04/12/2018
Direção: Brett Simmons
Distribuição: Screen Media Ventures

Uma equipe de monitores em um acampamento de verão é morta por um serial killer. Afastado da cidade e sem ter ninguém para pedir ajuda, resta a Sam (Fran Kranz, O Segredo da Cabana), um dos poucos sobreviventes, descobrir um jeito de escapar do terrível assassino.

Temos aqui uma premissa que pode resumir vários filmes do mundo dos slashers, mas Você Pode ser um Assassino tenta inovar e criar algo diferente, trazendo um filme recheado de referências ao subgênero que tanto amamos.

Conhecemos Sam na cena de abertura, desesperado e coberto de sangue, buscando um meio para sobreviver. Diante do caos e enfrentando lapsos de memória, Sam liga para sua amiga Chuck (Alyson Hannigan, a nossa amada Willow, de Buffy), uma especialista em filmes de horror que conhece as regras de sobrevivência dentro do gênero – assim como o Randy, em Pânico –. Juntos, eles tentam remontar os acontecimentos daquela noite e descobrir o verdadeiro assassino.

O título pode parecer um grande spoiler, mas isso não é um problema. Aqui, descobrir quem é o verdadeiro vilão do filme não é o foco da narrativa, mas sim acompanhar a história pela perspectiva do assassino, enquanto descobrimos tudo o que aconteceu no acampamento.

É difícil falar sobre aqueles que são as vítimas do assassino, já que são pouco desenvolvidos em seu curto tempo de tela. Eles apenas estão ali para entregar uma alta contagem de corpos. O destaque acaba indo para Imani (Brittany S. Hall, Ballers), a ex de Sam.

A narrativa é feita de forma não linear e pode incomodar aqueles que não estão acostumados, pois faz a história avançar e retroceder mais do que o necessário. Os acontecimentos são encaixados conforme Sam recupera sua memória e descobrimos junto com ele o que realmente aconteceu.

A inspiração para o filme surgiu em 2017, graças a uma thread no twitter. Os autores Sam Sykes e Chuck Wendig iniciaram uma brincadeira onde Sykes pede ajuda dizendo ser um conselheiro de um acampamento de verão que estava sendo perseguido por um serial killer. Wendig diz que talvez o próprio Sykes seja o serial killer. A brincadeira viralizou e acabou ganhando sua própria versão para o cinema. 

You Might Be The Killer tem uma proposta interessante e funciona como uma diversão rápida, mas está longe de ser um filme para revolucionar o cinema slasher. É aquele tipo de filme pra quando você quer ver algo sangrento, sem pensar demais. O ponto positivo vai para as mortes sangrentas, como pede um bom filme do subgênero, enquanto o negativo vai para a falta de personagens para torcer.