Apanhador de Pesadelos

Apanhador de Pesadelos
(Dreamkatcher)
Data de Lançamento: 10/08/2020
Direção: Kerry Harris
Distribuição: Prime Video

Com um belo pôster que faz referência à série A Hora do Pesadelo (1984-1994) e bom elenco, contando com Radha Mitchell (Terror em Silent Hill, 2006), Lin Shaye (Sobrenatural, 2010-2018) e Henry Thomas (A Maldição da Casa Hill, 2018), Apanhador de Pesadelos nos apresenta uma história muito fraca e mal executada. Mitchell e Shaye também assinam a produção executiva do longa.

Josh (Finlay Wojtak-Hissong) é um garoto que perdeu a mãe recentemente. Seu pai, Luke (Henry Thomas) já está em outro relacionamento com Gail (Mitchell), uma psicóloga infantil. Os dramas do garoto lembram outros dois filmes desse ano, Becky (2020) e The Lodge (2020), que também abordam as dificuldades de aceitação do novo relacionamento do pai.

No caso de Apanhador de Pesadelos, Josh começa a receber visitas assustadoras de sua mãe no meio da noite. Assim como em The Lodge (2020), o pai precisa se ausentar e deixa a futura madrasta sozinha com a criança que passa por dificuldades. Cosias estranhas passam a acontecer. O menino parece tentar machucá-la a todo momento.

Em uma tentativa de estabelecer a paz, Gail caminha om Josh e ambos se deparam com a casa de Ruth (Lin Shaye), uma excêntrica vizinha que produz apanhadores de sonhos (e pesadelos). Aqui resta a diferença nas palavras em inglês dreamcatcher (com ‘c’) e dreamkatcher (com ‘k’). A primeira protegendo e a segundo invocando os pesadelos.

Josh rouba um dos apanhadores de pesadelo, sem saber o que é, e os sonhos com a mãe se amenizam. Ela diz que em breve irá voltar. O problema é que há Gail no meio, que busca ajudar o menino com seus traumas, ao mesmo tempo que descobre a verdade sobre a morte de sua mãe. Porém, qualquer empolgação que possamos ter com a trama é logo frustrada.

Apanhador de Pesadelos (2020) apresenta uma premissa muito boa, mas se perde completamente. É um daqueles filmes que parece ter vergonha de se assumir enquanto terror. As cenas de medo são cortadas precocemente, o que não permite ao espectador que experiencie as sensações pretendidas. O final, então, é uma bagunça sem muito sentido. Há ainda uma (desnecessária) cena pós-créditos que em nada acrescenta à trama.