Crítica | Subspecies V: Blood Rise

Subspecies V: Blood Rise

Direção: Ted Nicolaou

Ano: 2023

País: EUA

Distribuição: Full Moon Features

Nota do crítico:

Mais de três décadas após Subspecies: A Geração Vamp (1991), o escritor, roteirista e editor Ted Nicolaou repete sua parceria com o lendário produtor Charles Band para presentear o público com mais uma inserção no universo Subspecies, a sexta, para ser exato. Apesar de ser o 5º filme com o título, há um spin off de 1997 que buscou ampliar a franquia, mas não foi para a frente.

Ambientado na Romênia, o longa original nos apresentou os irmãos vampirescos Radu Vladislas e Stefan, filhos do poderoso vampiro Vladislav. Grande parte da trama gira em torno da bloodstone, uma “pedra de sangue” que contém o sangue dos santos, o que é muito poderoso para os vampiros.

Subspecies V: Blood Rise (2023) é uma prequela do primeiro filme. A história de origem de Radu, filho do rei vampiro com uma feiticeira imortal, Circe. Seu nascimento foi acompanhado da proferia de um oráculo de que, quando crescesse, o filho mataria o pai. A única solução era desmembrar o bebê e espalhar os pedaços pelo mar.

O ritual é interrompido quando cruzados invadem o castelo, fazem o vampiro e a feiticeira fugirem e roubam a criança, criando-a para ser um matador de demônios a serviço da Igreja. No monastério que o acolheu, Radu teve suas unhas e orelhas cortadas, além do rosto massageado com óleos ungidos para que perdesse a feição de vampiro (o pai dele é feio que dói).

Radu entra para a a ordem dos Cavaleiros do Dragão e se torna um herói das Cruzadas, até que o destino coloca o castelo de seu pai em seu caminho e lá ele descobre a verdade sobre sua linhagem. Transformado em vampiro, ele se torna o personagem que conhecemos na franquia clássica – interpretado pelo mesmo ator, inclusive.

É muito divertido ver um novo título na franquia que estava mais do que enterrada. A maquiagem de Radu se mantém como um ponto forte. A história é uma maluquice sem fim, cafona de um jeito que somente a Full Moon poderia nos proporcionar. A produtora, inclusive, reviveu outra de suas franquias clássicas em 2020, com Blade: The Iron Cross.

O primeiro ato é muito bom. Apresenta os personagens de Radu, o cruzado, e seu ajudante Marius. A jornada de descoberta do protagonista é interessante – sabemos qual será o resultado final, mas é legal ver mais dele. Seu caminho em direção ao Mal não fica tão bem escrito, mas vale a pena pela atuação de Anders Hove.

O filme começa a desandar quando Radu decide fazer dois discípulos, os gêmeos músicos Ash e Ariel. A partir desse momento muitas coisas param de funcionar e só o carisma de Hove não é o suficiente para manter a história. Personagens mudam de posição muito rápido e de maneira brusca, o que deixa os espectadores perdidos.

Subspecies V: Blood Rise (2023) é uma pequena dose de felicidade em formato de filme. Quem tinha carinho pela série original vai gostar do longa, apesar de alguns defeitos. Fica aqui o elogio para a capacidade do diretor e roteirista de conseguir justificar absolutamente qualquer coisa. O ator está 30 anos mais velho, mas é uma história de origem? Não tem problema! Ted Nicolaou dá um jeito de incluir isso no roteiro.