Crítica | The Girl Who Got Away

The Girl Who Got Away
Data de Lançamento: 20/08/2021
Direção: Michael Morrissey
Distribuição: Quiver Distribution

         No combo do filme independente que conta com elenco pouco conhecido e um diretor recém-iniciante, “The Girl Who Got Away” apresenta um suspense dramático que, apesar de interessante, perde – muitos – pontos pela duração desnecessária para contar sua história.
Christina (Lexi Johnson) passa a suspeitar que corre perigo após saber que a serial killer Elizabeth Caulfield (Kaye Tuckerman) escapou da prisão. Isso porque Christina foi a única sobrevivente entre as cinco garotas sequestradas e mortas pela temida assassina.
        
A aura de mistério em “The Girl Who Got Away” envolve já a partir da cena de abertura, mas vai perdendo força devido a uma trama que pisa no freio constantemente e revela suas nuances muito devagar, apostando em reviravoltas que não são tão impactantes quanto o realizador acreditava que fossem.
        
Embora apresentem momentos legais e que até quebram a expectativa, o desenvolvimento é morno, dando tempo de sobra para quem assiste jogar com o final do filme e no fim, acabar desvendando alguns dos mistérios que a trama apresenta. As atuações inconsistentes não funcionam muito bem, principalmente em momentos que lágrimas ou muita emoção são necessárias, deixando a situação meio constrangedora.
        
A protagonista ainda flerta um pouco com um personagens fora do bidimensional, mas os demais são apenas os arquétipos comuns de filmes de terror, que não acrescentam tanta importância assim na trama, embora alguns deles usem bastante tempo de tela. O que não seria problema se isso fosse um slasher, por exemplo, mas o filme passa longe disso.
         Apesar de apresentar uma história interessante e que tem bons começo e fim – fim este, em especial, muito interessante -, o meio de “The Girl Who Got Away” se estende demais, deixando o espectador de saco cheio das idas e vindas de um roteiro fraco que se acha melhor do que é.