Crítica | Willy’s Wonderland

Willy’s Wonderland
Data de Lançamento: 12/02/2021
Direção: Kevin Lewis
Distribuição: Screen Media Films

O mais novo filme de Nicolas Cage é insano! Realmente fica difícil não usar essa palavra. O trailer já havia nos deixado com grandes expectativas, que não foram nem um pouco frustradas. Cage interpreta um personagem misterioso cujo nome nunca é mencionado. Ele não possui nenhuma linha de diálogo. Todas as suas interações dependem da expressividade desse ator super versátil.

O homem misterioso anda em seu mustang quando sobre um acidente. Na estrada havia uma corrente de estrepes, aparentemente deixada por adolescentes vândalos. Um guincho aparece e oferece seus serviços. Já na oficina, o mecânico coloca um preço exorbitante em seus serviços. O motorista, que não carregava dinheiro vivo, não consegue sacar nos caixas eletrônicos, pois naquela cidade não há internet.

A solução apresentada é que ele pode trocar os serviços mecânicos por uma noite de trabalho. Aparentemente uma boa troca. O problema é que o lugar, o restaurante temático Willy’s Wonderland, é assombrado por terríveis animatrônicos assassinos. Resta a nosso herói combater os personagens um a um a fim de assegurar o conserto de seu carro.

Com um orçamento de 5 milhões de dólares, Willy’s Wonderland (2021) não é nenhum primor dos efeitos especiais, embora seja um alívio ver tantos efeitos práticos. Por vezes os bonecos se movem de maneira muito tosca, porém, devemos admitir, é muito divertido. A ideia de Nicolas Cage saindo no soco com animatrônicos é, sem dúvidas, genial.

O personagem de Cage é impassível. Nada o abala. Ele segue limpando o local de maneira extremamente profissional, sem esquecer as pausas para beber refrigerante e jogar fliperama. Grande parte do humor do longa se da justamente por essa atitude do zelador. Ele está extremamente focado em seu objetivo e não são bonecos assassinos que o irão atrapalhar.

Cage ganha a ajuda de uma adolescente que deseja tacar fogo no estabelecimento. A dupla improvável funciona bem, à exceção de alguns poucos momentos. O roteiro também não se esforça com os personagens secundários. De cara sabemos que eles estão ali para serem descartados – da forma mais sangrenta possível, é óbvio.

Tirando a falta de coordenação das cenas de ação, Willy’s Wonderland (2021) é um filme divertido que vai agradar um público bastante diverso: amantes do horror, amantes de comédias, amantes de filmes de ação e amantes de Nicolas Cage. Sua expressividade, que de forma bastante paradoxal age em conjunto com a falta de expressão do personagem, dá o tom correto ao filme. Deixar o ator sem falas foi uma decisão muito inteligente e que deu um toque especial ao filme.

Por fim, fica a recomendação. Willy’s Wonderland (2021) é uma produção que vale a pena ser conferida. Ela com toda a certeza irá proporcionar um bom momento de diversão ligado àquele sentimento de nostalgia de filmes de horror dos anos 1980.