Fantaspoa 2022 | Slumber Party Massacre

Slumber Party Massacre
Direção: Danishka Esterhazy
Data de Estreia no Brasil: 21/04/2022
País: África do Sul
Fantaspoa 2022

Remake de um clássico dos anos 1980, Slumber Party Massacre (2021) é dirigido por Danishka Esterhazy e roteirizado por Suzanne Keilly. A produção do SyFy tem menos de 90 minutos e traz novamente o assassino da furadeira perseguindo garotas que faziam uma festa do pijama. Desde o início vemos excelentes efeitos práticos e um trabalho de maquiagem que nos dá algo que fãs de slashers adoram: mortes criativas.

A história começa em 1993, quando somente Trish sobrevive. Anos depois, sua filha decide fazer uma festa com as amigas e, devido a problemas no carro, acabam em uma cabana no mesmo lago onde os eventos de 1993 se passaram. A história, porém, não se repete. Temos uma virada de roteiro muito boa que já nos joga na ação principal, sem muitos rodeios.

A diretora ironiza estereótipos do subgênero e propõe um female gale, onde são homens seminus que fazem guerras do travesseiro e seus corpos que são alvos das câmeras quando estão em baixo de um chuveiro. As meninas  conseguem pensar e agir melhor, enquanto os homens agem somente por impulso e tomam atitudes estúpidas.

Slumber Party Massacre (2021) é um bom slasher. Ele cumpre a maior parte do que propõe e não nos poupa das cenas de morte, com destaque para a que envolve uma guitarra, que nos entrega um cadáver dilacerado, e o corpo de Dave, sem os olhos, que é bastante assustador.

Os maiores problemas estão na parte do roteiro. Algumas piadas simplesmente não funcionam como o esperado, há explicações excessivas e ocorre uma queda no ritmo após a segunda virada de roteiro. O terceiro ato é bastante óbvio e não surpreende, mas não estraga o filme. A direção de Esterhazy mantém a atenção do espectador.

O longa é, também, uma homenagem ao subgênero. Ele referencia os outros filmes da franquia, além de nos entregar uma ambientação que em muito nos lembra a série Sexta-Feira 13. o novo Slumber Party Massacre diverte ao mesmo tempo que propõe reflexões sobre representação feminina no cinema de horror. Isso, é claro, em meio a muito sangue.