O VelociPastor

O VelociPastor
(The VelociPastor)
Data de lançamento: 2018
Direção: Brendan Steere
Distribuição: –

Um padre, após a trágica morte de seus pais, viaja para a China com o objetivo de se reencontrar. Porém um inesperado encontro faz com o que o religioso ganhe poderes misteriosos: ele passa a poder se transformar em um violento velociraptor. Porém, como desgraça pouca é bobagem, ele também começa a ser perseguido por um grupo de ninjas muito habilidosos, mortais e portadores de risadas malignas.

Um filme para adultos, de acordo com os parâmetros cristãos

O VelociPastor é um filme de 2018, porém, recentemente ele conquistou a atenção da internet por conta de sua história… inusitada. Os personagens são excessivamente caricatos e, por isso, combinam perfeitamente com a trama sem muito sentido do filme. Doug Jones (Greg Cohan), o padre em questão, aprende a usar suas habilidades para lutar contra o mal com o auxílio de Carol (Alyssa Kempinski), uma prostituta que é salva pelo nosso herói, velocipastor.

Os ninjas não facilitam para o nosso herói. Eles possuem um plano de dominação mundial e muitas habilidades de luta. Somente o padre-dinossauro pode impedi-los. As cenas de luta não decepcionam. Elas são mal coreografadas e muito dramáticas, exatamente como deveriam ser. Destaque para Carol, que é uma exímia lutadora e nocauteia seus adversários sem ao menos encostar neles.

Brendan Steere brinca com a câmera, com a linguagem, com convenções do cinema, com clichês de filmes de ação, com referências a filmes de herói… O VelociPastor é uma grande brincadeira que nos entretém com maestria e consegue arrancar risadas com suas cenas forçadamente ruins. Se há algo a dizer antes de assistir ao filme é: abrace a falta de sentido e divirta-se.

O VelociPastor vem na onda dos filmes trash gourmet como Sharknado (2013), que foi bem produzido para ser um filme intencionalmente ruim – e conquistou muitos fãs na internet – ou o infame Killer Sofa (2019). A falta de verba é um ponto positivo do filme de Steere, pois as soluções para as cenas de ação, em especial a morte dos pais do protagonista, beiram à genialidade. Como disse anteriormente, o filme é uma brincadeira cuja única pretensão é divertir.

A obra ainda merece um elogio por não ter utilizado computação gráfica para o dinossauro. O visual do velocipastor, que só é completamente revelado na luta final, é ridiculamente perfeito e em total sincronia com a proposta do filme. A luta final, porém, se estende um pouco mais do que deveria. Mas isso não atrapalha a diversão proporcionada pela história.

Melhor que dinossauro de CGI

Após ver essa obra-prima do cinema meu veredito é:

I’M FINE.