Crítica | Penance Lane

Penance Lane
Data de Lançamento: 21/04/2020
Direção: Peter Engert
Distribuição: Level 33 Entertainment

Peter Engert é um diretor húngaro com poucos filmes no currículo, nenhum conhecido pelo público geral. Seu mais recente trabalho, Penance Lane (2020), ainda sem título em português, foi uma parceria com a Level 33 Entertainment, especializada em filmes independentes. No elenco alguns nomes conhecidos de filmes de Rob Zombie, como Daniel Roebuck, Scout-Taylor Compton, a Laurie de Halloween – O Início (2007) e Halloween 2 (2009) e Tyler Mane, que interpretou Michael Myers nessas duas versões.

A história começa com um flashback. Uma equipe de ladrões  rouba uma casa, porém algo dá muito errado. Um a um eles são atacados por uma força invisível – pelo menos é o que parece de início. Somente um deles sobrevive e é preso. Na penitenciária conhece Crimson (Tyler Mane), ao qual designa uma missão que somente nos é revelada após a metade da duração do longa. Uma escolha de roteiro de ajudou a manter o mistério.

Crimson sai da prisão e consegue emprego justamente na casa em Penance Lane. O filme aponta para o tropo narrativo da casa mal assombrada, mas nos surpreende com a revelação do mal que habita a casa – que não tem nada de invisível. Ele inverte a lógica do gênero invasão à domicílio, que está em alta desde Uma Noite de Crime (2013). A revelação lembra o clássico As Criaturas Atrás das Paredes (1991).

Os monstros possuem um visual interessante, embora pouco explorado. Apenas uma das criaturas ganha mais tempo de tela e recebe mais foco da câmera, as outras passam muito rápido por nossos olhos. Porém, o elemento que mais incomoda não é esse, mas sim a super força de Crimson que puxa pessoas para fora de carros com uma só mão e joga outras longe.

Penance Lane acaba sendo um filme abaixo da média, com atuações medianas e direção fraca. Em diversos momentos Engert não consegue expressar com as imagens aquilo que os personagens dizem estar sentindo, o que atrapalha a imersão em alguns momentos específicos em que o roteiro propõe uma maior carga dramática. A grande revelação, sobre o que é a casa em Penance Lane, acaba recebendo pouca atenção narrativa, mas é legal ver a atuação infamada de John Schneider, conhecido por seus papeis em séries como Glee (2009-2015) e Smallville (2001-2011).