Resenha HQ | Minissérie Superman vs Alien

Minissérie Superman vs Alien
Editora: DC Comics – Dark Horse
Roteiro: Dan Jurgens
Letras: Lilian Mitsunaga
Ano: 1995

Superman veio à Terra em um foguete enviado por seu pai antes da destruição de Krypton, um estranho visitante de outro planeta. Agora, anos depois, sinais recebidos do espaço podem ser o início de uma trilha para o que restou de seu planeta natal. Alguma coisa pode impedir o homem de aço de descobrir sua herança há muito perdida? Que tal as espécies mais temidas e mortais da galáxia?
Essa é a trama de Superman vs Alien, uma minissérie publicada pela DC Comics/Dark Horse em 1995, o crossover espacial mais violento e sangrento lançado naquele ano.


Acompanhamos mais uma vez a história narrada por meio do maravilhoso mundo dos quadrinhos, um roteiro que alguns leitores consideraram fraco, mas que em uma análise mais ampla também pode ser extremamente divertido. No roteiro da HQ, somos convidados a assistir Superman se defendendo de ondas de xenomorfos enquanto se torna progressivamente menos poderoso (e inexplicavelmente mais nu) o que, não se pode negar, é ao mesmo tempo terrível e impressionante.
A revista foi criticada negativamente por alguns revisores na época de seu lançamento, e realmente não existem argumentos suficientes para refutar por completo os erros apontados. O diálogo é desajeitado e Superman é, às vezes, um tanto quanto ingênuo demais. No entanto, não se pode concordar que a HQ é totalmente desprovida de qualquer valor de entretenimento, por causa do horror inerente. É bem possível se divertir com a minissérie.


Na história, a Lexcorp tem um programa espacial. Lois e Clark foram convidados a entrevistar a chefe desse programa, a doutora Sheryl Kimble, uma uma cientista ambiciosa (e tenho certeza que todos sabem o que isso significa no contexto de alienígenas). A Lexcorp interceptou uma mensagem do espaço, em um idioma desconhecido, que Clark reconhece como kryptoniano e, o pior, a decifra como sendo uma chamada de socorro. Quando a sonda que trazia esse pedido de socorro cai no oceano, Superman a resgata e consegue fazer uma conexão mental com o equipamento, tendo acesso a imagens de uma cidade kryptoniana sobrevivente que precisa desesperadamente de ajuda. Relutantemente, ele permite que a Lexcorp a investigue.
A Lexcorp, por conveniência do roteiro, havia desenvolvido uma pequena nave espacial capaz de viajar pelo hiperespaço. Superman aceita ser o tripulante e segue para a cidade, que fica em um asteroide, longe de qualquer sol.
Lá, ele descobre que a cidade foi devastada por alienígenas, mas encontra quatro sobreviventes inconscientes, que parecem humanos (ou Kryptonianos). Ele os coloca na nave e os envia de volta para a Terra, enquanto continua explorando a cidade. Ele não está mais sob um sol amarelo, então seus poderes diminuem rapidamente.


Em uma cena realmente interessante, vemos o Superman ser atacado por vários xenomorfos, que queimam seus olhos. Apesar de ainda guardar força superior a de um humano comum, o herói está debilitado e é salvo por uma jovem mulher, chamada Kara. Ela conta ao homem de aço que os alienígenas vêm atacando a cidade há anos e que ela cresceu como um soldado. Superman passa então a buscar uma maneira de ajudá-la e ao resto das pessoas que estão sem comida e remédios.


Enquanto isso, na Terra, a nave enviada por Superman com os sobreviventes chega à Lexcorp. Claro, todos os tripulantes foram infectados. Os alienígenas explodem dos corpos deles de maneira clássica, como já vimos nos filmes da franquia Alien, e começam a atacar a todos.
Isso é exatamente o que você espera de um crossover. Superman luta cada vez mais desesperadamente contra hordas de alienígenas com Kara ao seu lado. Kara é uma soldado experiente, embora tenha apenas 16 anos, e o mais incrível disso tudo é que o homem de aço está em batalha, mas também foi infectado pelo parasita alienígena.


Enquanto isso, Lois tenta sobreviver aos alienígenas e está determinada a matá-los. Ela dá uma aula para Kimble, que quer mantê-los vivos para pesquisas.
A arte da HQ é sólida e traz à tona o horror dos aliens exatamente como já acompanhamos nos filmes. Este crossover funciona surpreendentemente bem, embora tenha quase todos os pontos da trama alicerçados em ideias que já vimos em outras histórias do Superman ou nos próprios longas-metragens da franquia Alien