Condado Macabro
Data de estreia no Brasil: 12/11/2015
Direção: Marcos DeBrito e André de Campos Mello
Distribuição: Elite Filmes
Condado Macabro conta a história de cinco jovens que se agrupam em um rancho alugado para festa, sexo e drogas, até que alguns convidados inesperados aparecem. Nesse meio de personagens estereotipados e uma narrativa clichê, porém não linear, que a obra brilha, flertando com as sensações do espectador. A clara referência aos filmes slasher dos anos 70 e 80 é outra ideia brilhante da codireção de DeBrito e André Mello, desde o nome do seu vilão Jonas (anagrama de Jason) até sua arma, uma serra elétrica, a junção perfeita de dois monstros do slasher em um só filme.
Entre essas personagens já carimbados nos filmes desse estilo temos Cangaço (Francisco Gaspar), que merece a menção honrosa e rouba a cena varias vezes no decorrer da obra, outro destaque interessante está em Lena (Bia Gallo) que ao longo da história foge do estereótipo e se mostra uma pessoa forte. A introdução dos outros mesmo que longa em alguns casos mostra que as personagens não estão lá apenas para entrar na contagem de mortos.
Condado é um filme cheio de sangue que parece exagerar em algumas cenas, tudo em nome do trash e do slasher. Mesmo que não seja um filme de grande produção ele não deixa a desejar em suas mortes, pecando infelizmente em suas cenas com sangue digital. Da mesma forma, as falhas não são capazes de tirar a imersão de seus espectadores. E falando em imersão, o efeito envelhecido com textura de filme b do gênero somado a marca de cigarro simula exatamente um filme projetado nos cinemas dos anos 70, tal qual Tarantino em uma de suas películas.
O filme apresenta bastante carga de humor negro, que ao meu ver torna a obra única junto com o seu gore – gore esse feito com maestria pelo diretor de maquiagem e efeitos de set Fabio Servullo.
Ganhador de vários prêmios tal qual a Fantaspoa (Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre), como melhor filme, o Condado Macabro é uma obra nacional que respeita a regionalidade e não precisa mostrar estrangeirismos para se provar um excelente filme de terror.
