Crítica | The Dead Of Night

The Dead Of Night
Data de Lançamento: 09/03/2021
Direção: Robert Dean
Distribuição: Independente

A cena inicial já nos mostra uma morte violenta. The Dead Of Night (2021) parece seguir a cartilha dos slashers em seu primeiro ato. O perigo é apresentado, a dupla de assassinos possui um bom visual, há uma tentativa de homenagear a fotografia dos filmes de faroeste… mas fica por aí. No mais, o filme decepciona por não conseguir entregar uma narrativa consistente.

plot principal não possui nada de original, são pessoas sendo caçadas em uma cidade do interior dos EUA. Um jovem casal apaixonado desaparece, despertando o medo da população. A polícia, como sempre, acha que os dois apenas fugiram juntos. Em meio a isso, descobrimos o drama de Tommy, um cowboy mal-encarado e June, sua irmã que irá se casar e se mudar para a Alemanha.

O filme foca na relação conflituosa dos irmãos e suas últimas horas juntos na mesma casa. A partir desse ponto, o roteiro se aproxima da estrutura do horror de invasão à domicílio, um subgênero que continua rendendo, apesar de o ritmo das produções ter diminuído. O problema é que ele não sabe se definir. Às vezes o diretor quer abraçar o lado slasher, outras vezes a invasão. Nisso o espectador fica sem saber o que esperar, pois há poucas construções.

Apesar de a ideia da fotografia ser interessante, ela é por vezes mal executada. A câmera que treme quase toda hora incomoda, e alguns ângulos baixos cansam depois de utilizados em demasia. As atuações não são lá grande coisa. A parte positiva é realmente a dupla de assassinos que possui um visual interessante e age de forma completamente inumada – e o melhor de tudo, o roteiro não explica nada sobre eles, tornando ainda mais forte suas aparições em tela.

The Dead Of Night (2021) começa muito bem, mas vai se perdendo justamente por não saber como se definir, mas ainda sim querer se firmar em clichês de subgêneros. A maior parte do drama dos irmãos é dispensável e a “reviravolta” é de muito mal gosto. A produção é a estreia do diretor Robert Dean, que também assina o roteiro. Esperamos que de uma próxima vez ele consiga dar uma melhor vazão à sua criatividade.