Crítica | The Pale Door

The Pale Door
Data de Lançamento: 21/08/2020
Direção: Aaron B. Koontz
Distribuição: RLJE Films Shudder

O gênero Horror Western é uma fusão subestimada, há muito potencial inexplorado. É por isso que quando uma nova adição ao gênero chega, é difícil deixar passar sem assistir.

Este foi o caso do último projeto de Aaron B. Koontz, The Pale Door. Uma amálgama de Um Drink no Inferno (1996) com As Bruxas de Salem (1996), filmado com doses extras de efeitos visuais violentos. No entanto, algumas escolhas narrativas desaceleram o filme e acabam direcionando-o para um ar caótico equivocado.

No filme, os irmãos Dalton e sua gangue planejam e executam um assalto a um trem. O roubo acaba mudando os rumos do grupo criminoso, depois que seu líder é ferido e após descobrirem que a preciosa carga do trem é, na verdade, uma jovem chamada Pearl.

Após o assalto malsucedido, a gangue parte para a cidade da jovem Pearl em busca de tratamento médico, lá são recebidos e ajudados pela dona de um bordel cheio de belas mulheres. No entanto, não demora muito para que o jogo mude e para que a gangue receba mais do que esperava.

The Pale Door começa de uma forma bastante promissora, uma cena emocionante com os jovens irmãos Dalton fugindo de sua casa. No entanto, a atenção intensificada que foi captada nos primeiros minutos se dissipa quando conhecemos os irmãos já adultos. Felizmente, quando eles chegam na cidade desconhecida da jovem Pearl, as coisas começam a ficar agradavelmente estranhas. Existe, contudo, uma grande e desnecessária jornada separando estes dois atos.

O que ajuda a levantar a narrativa em The Pale Door é o elenco. Há atores veteranos e estreantes trabalhando juntos para criar personagens memoráveis que, mesmo estando moralmente comprometidos, possibilitam que o espectador se afeiçoe a eles.

Os atores responsáveis por interpretar os inimigos sobrenaturais, liderados por Natasha Bassett e Melora Walters, assumem seus papéis e o fazem da forma mais convincente possível. Principalmente aqueles que tinham o peso de muita maquiagem no estilo filmes do FX. Eles se arrastam, fazem movimentos de contorcionismo e ameaçam com a melhor interpretação possível.

Com um misto de boas performances, efeitos práticos e gore, é um filme decente. Seus erros são o tempo que se leva para chegar ao tema terror e algumas pontas soltas do roteiro, que acabam nos deixando com algumas perguntas sem resposta.

A equipe de Aaron B. Koontz, que aceitou o desafio de lidar com um subgênero difícil merece um elogio, já que são poucas obras do subgênero que conseguem se destacar. Mas, The Pale Door é um filme que vai acabar passando despercebido e que serve para assistir somente se não houver outra opção de horror western disponível.