Ano: 2023
Distribuição: Universal
Nota do crítico:
Um urso negro é intoxicado pela cocaína que caiu de um avião em um parque florestal no interior do estado da Georgia. Alterado, ele passa a atacar pessoas e matá-las de forma extremamente violenta. Com um humor no estilo do da saga Premonição, o filme nos entrega mortes divertidas, situações absurdas e constrangedoras e uma mãe que só quer achar a filha desaparecida.
O roteiro mostra uma sequência de trapalhadas que levam à intoxicação do animal. No início somos apresentados a duas crianças que decidem matar aula justamente no parque em que o urso do pó branco vive. Contudo, e esse é um dos pontos fortes do roteiro, somos apresentados a novos personagens ao longo de todo o primeiro terço do filme. Cada um é mais interessante e divertido que o outro. Inclusive personagens que aparecem só no final, como por exemplo, os enfermeiros da ambulância, não decepcionam.
Há de se admirar a criatividade dos roteiristas em imaginar diferentes situações absurdas, mas que não soam como um humor pastelão forçado. As diferentes trapalhadas estão conectadas, geram consequências, o que faz com o que o roteiro não fique monótono ou, o que às vezes acontece com filmes puxados para o humor, parecendo uma sequência interminável de esquetes só para no final apresentar alguma lição de moral cafona.
Urso do Pó Branco (2023) ainda traz o grande Ray Liotta em seu último papel nos cinemas – o que por si só já faz valer o filme. Além dele, os outros atores estão divertidíssimos, se entregando ao absurdo de seus papéis, dos diálogos e das situações que extravasam emoções em momentos não muito oportunos.
Um grande destaque para o personagem de Alden Ehrenreich (Han Solo: Uma História Star Wars, 2018), que carrega consigo o drama do luto e a responsabilidade de ser o filho de um grande e perigoso traficante, mas é o ponto central de diversas situações cômicas, principalmente por conta do contraste em relação ao personagem Daveed, interpretado por O’Shea Jackson Jr.
Urso do Pó Branco (2023) é para assistir sem medo de ser feliz. A preocupação de Elizabeth Banks não foi em denunciar um crime ambiental, discutir a guerra às drogas ou falar sobre o amor familiar. O que fica claro é que a diretora quis fazer um filme divertido que arranca risos de quem o está assistindo. Ela cumpriu com a missão.
