Day of the Dead: Bloodline
Data de Estreia Mundial: 05/01/2018
Direção: Hèctor Hernández Vicens
Distribuição: Lionsgate Films
Um remake pode sim engrandecer uma obra e trazer ela para “o nosso tempo”, até mesmo com uma linguagem diferente da original enquanto mantem a essência do filme, foi assim com Scarface (1983) e Evil Dead (2013). E é sobre manter a essência que Day of the Dead: Bloodline mais falha.
Ao pegar os elementos chaves do roteiro original: “Um grupo liderados por militares em um bunker tentando achar a cura para o vírus enquanto vivem um relacionamento horrível entre eles”. O longa se demonstra fraco e não consegue criar a profundidade necessária para os personagens, fazendo assim a nossa experiência de empatia com eles serem mínimas. No inicio quando somos apresentados a Zoe Parker (Sophie Skelton) conhecemos uma estudante frágil de medicina que está tendo problemas sérios com um paciente sociopata apaixonado por ela, Max (Johnathon Schaech). O roteiro utiliza ferramentas preguiçosas para mostrar essa relação rápida entre Zoe e Max – sério, 2 cenas – e ainda jogar uma informação sobre Max para tornar ele, de certa forma, “especial” para o filme.
Após o pandemônio do vírus somos lançados anos no futuro e apresentados para um Zoe madura e líder no setor de medicina do bunker. No original um dos pontos fortes que podemos dizer é a relação conturbada entre civis e exercito, onde aqui em Bloodline não é de forma alguma bem construída, os diálogos “maus” do líder Miguel Salazar (Jeff Gum) em soma com a sua interpretação fraca transformam o personagem em uma criança mimada que não sabe o que está fazendo, e falando em atuações, nenhum oficial do exercito te dá imersão que esse filme necessita – em uma cena de invasão a atuação de uma das oficiais é digna de riso.
Com um roteiro fraco e interpretações medíocres o que te faz lembrar que está num filme de zumbi que carrega o universo de George Romero é a maquiagem primorosa dos zumbis, destaque ao zumbi Max.
Se a intenção do diretor (Hèctor Hernández Vicens) junto com os roteiristas (Mark Tonderai e Lars Jacobson) foi criar um “novo olhar” ao Dia dos Mortos, esse olhar foi de canto de olho.