XVII Fantaspoa | Post Mortem

Post Mortem
Data de Lançamento no Brasil: 09/04/2021
Direção: Péter Bergendy
XVII Fantaspoa

Em 1918, a Primeira Guerra Mundial estava chegando fim. A morte era algo cotidiano, não somente pelos conflitos, mas também pela Gripe Espanhola. Post Mortem (2020) explora esse contexto através do personagem de Tomás, um soldado que teve uma experiência de quase morte e tornou-se um fotógrafo especializado em fotos post mortem, ou seja, fotos com pessoas já mortas.

A prática de fotos post mortem realmente existiu. Alguns fotógrafos erma especialistas em maquiar e arrumar cadáveres para que eles parecessem vivos, a fim de tirar uma última foto com a família. Tomás faz esse serviço em um circo. Um dia, porém, ele vê uma menina, que te em torno de uns 10 anos, e se lembra de sua experiência de quase morte: ele a viu do outro lado.

Tomado por curiosidade, ele decide acompanhar a menina até sua vila natal, que possui um grande número de mortos. Seriam eles pela peste ou há algo de mais macabro aguardando pelo fotógrafo? Coisas estranhar começam a acontecer assim que ele chega no local. Percebemos que há algo à sua espreita. Não tardamos a descobrir o quê.

Uma das qualidades de Post Mortem (2020) é justamente o fato de não enrolar. O roteiro mostra os fantasmas e suas ações sem pudor – rendendo ótimas cenas. Os jump scares são bem utilizados e funcionam. O diretor, Péter Bergendy, sabe bem como criar tensão e aproveitar o caráter macabro do ofício do protagonista.

Acontece que a vila estava repleta de fantasmas. Resta a Tomás e à menina investigar o que está acontecendo exatamente e achar uma solução para o problema. As revelações chegam aos poucos, o longa não possui um ritmo muito acelerado, mas ele não chega a ser lento. As cenas de susto acontecem com uma boa frequência, não nos cansando. Há diversas cenas chocantes, que apenas agregam ao clima de bizarrice que sonda a história.

Post Mortem (2020) é um filme muito competente. Ele entretém e assusta em boas proporções. É sempre interessante descobrirmos produções de outros países, e conhecermos como outras culturas tratam o medo, sobretudo o medo de fantasmas.